Projeto
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O
que os Iniciantes devem saber antes de iniciar uma Criação Comercial
• As rãs após a metamorfose são canibais
(uma come a outra), carnívoras e caçadoras, ou seja, precisam ser induzidas ou
condicionadas a se alimentar de alimentos que elas “acreditam” estarem vivos ou
em movimento.
• Seu desenvolvimento depende
diretamente da temperatura.
• Antes de iniciar seu empreendimento
verifique a documentação necessária junto aos órgãos competentes (DEPRN, DAEE,
CETESB e IBAMA).
• Se pretende trabalhar com um organismo
que é estreitamente dependente da água é necessário antes da implantação
realizar uma análise física, química e microbiológica da água.
• Os ranários de São Paulo em sua grande
maioria ocupam uma área média construída de 500 m2. Para dimensionar seu
empreendimento calcule primeiro o quanto você irá querer de lucro, o quanto
você tem para aplicar no negócio e a taxa de retorno. Só então inicie a
construção de suas instalações.
• A quantidade de água média (= vazão)
utilizada em um ranário de 500 m2 (conforme sugestões apresentadas pelo IP) é
de 0,5 litros por segundo.
• O custo médio para a construção de um
ranário segundo sugestão do IP, em região próxima a São Paulo, é de aproximadamente
R$ 50,00 a R$ 70,00 por metro quadrado.
• O custo de produção médio de um quilo
de carne de rã é de aproximadamente R$ 14,00.
Telefones Úteis
• Instituto de Pesca:
11-3871.7548
• IBAMA: 11- 3066.2633 ou
3066.2657
Histórico
da Ranicultura
Compreende um conjunto de instalações, associadas a técnicas
de manejo especialmente desenvolvidas para cada um dos setores da criação. A
padronização das instalações e a sistematização do manejo de rotina, tem
possibilitado uma evolução gradativa dessa tecnologia. A exemplo de outras
atividades da produção animal, o sucesso da criação de rãs passou a ter um
desenvolvimento efetivo depois que construções mais adequadas foram associadas
às técnicas de manejo sistematizado, possibilitando um bom desempenho no
crescimento do plantel aliado à baixa mortalidade. Tal premissa é contemplada
pelo sistema anfigranja, onde a rã-touro tem apresentado níveis de
produtividade comparáveis às criações tradicionais como a piscicultura,
avicultura, etc.
No processo de desenvolvimento tecnológico do Sistema
Anfigranja, inicialmente os pesquisadores contemplaram o setor de recria, onde
os elementos básicos do piso (cocho, abrigo e piscina) se dispõem linearmente
em área proporcional ao número de rãs que são alojadas em cada baia (Lima &
Agostinho, 1988); recentemente inovações
foram introduzidas, com pequenas modificações no perfil do cocho e
centralização da piscina, mantendo-se a mesma disposição linear (Lima, 1997). O
setor de reprodução possue uma baia de mantença com piso semelhante ao da
recria, com baias de acasalamento em anexo (Lima & Agostinho, 1992). O setor de girinos se caracteriza pela
padronização das instalações (tanque circular ou retangular) e sistematização
do manejo associado a um mecanismo auto-limpante, composto de uma rede
hidráulica em alta pressão e fundo com uma moega (tipo funil) acoplada a um
tubo em cotovelo para o escoamento dos resíduos (fezes, restos de ração e
gases) como indicado em Lima (1997).
Um ranário que adota o Sistema Anfigranja pode ser,
resumidamente, assim descrito:
O Setor de Reprodução é constituído de duas áreas distintas:
as baias de mantença e as de acasalamento. Na primeira, as rãs reprodutoras são
mantidas confortavelmente durante todo o ano, sendo transferidas para as baias
de acasalamento quando ranicultor necessita de desovas. Essas baias de
acasalamento podem ser para apenas um casal de cada vez (individualizadas), ou
para vários casais (baias coletivas). Após a reprodução, a desova é transferida
para o setor de girinos, e o casal retorna para a baia de mantença. Apesar
dessa baia ser semelhante às do setor de recria, seus elementos básicos estão
em número e dimensões proporcionais ao porte dos reprodutores, que são alojados
em uma densidade bem inferior (Lima & Agostinho, 1992).
rã criada comercialmente em cativeiro no Brasil é a rã-touro
gigante (Rana catesbeiana). Este animal de origem norte americana foi
introduzido em nosso país em 1935, e foi escolhido pelos criadores devido as
suas características zootécnicas tais como: precocidade (crescimento rápido),
prolificidade (alto número de ovos por postura), e rusticidade (facilidade de
manejo). Outras espécies de rãs (nativas do Brasil como a rã-pimenta, rã-manteiga
ou paulistinha), também podem ser criadas em cativeiro, mas apresentam
comparativamente com a rã-touro, até o momento, menor desempenho produtivo e
maiores dificuldades técnicas e burocráticas.
As rãs possuem características biológicas e fisiológicas bem
distintas dos animais comumente criados. O seu ciclo de vida compreende uma
fase exclusivamente aquática, onde recebem o nome de girinos, e outra terrestre
(rã propriamente dita), porém com extrema dependência da água.
Detalhes do Setor de
Reprodução
Tanques do Setor de
Girinos
No Setor de Recria,
constituído de baias de recria inicial e baias de terminação. Essas baias
consistem de abrigos, cochos e piscinas dispostos linearmente e adequados ao
tamanho dos animais.
As baias de recria
inicial, recebem os imagos após a metamorfose, oriundos ou não de uma mesma
desova. Quando as rãs alojadas nessas baias alcançam de 30 a 40 g, são tiradas
e transferidas para as baias de crescimento e terminação. As baias de
crescimento e terminação, são destinadas a receberem lotes uniformes de rãs
oriundas das baias de recria inicial, onde permanecem até atingirem o peso de
abate. Nesse momento, são enviadas para a industria de abate e processamento.
Histórico
e Situação Atual
A ranicultura paulista teve seu início em 1939
através do fomento realizado pela Secretaria de Agricultura do Estado de São
Paulo. Atualmente podemos dizer que a rã-touro é a única espécie utilizada
pelos ranários comerciais brasileiros. Ela é a melhor rã para a criação
intensiva e adaptou-se perfeitamente as nossas condições climáticas. Segundo
dados publicados em 19991 o Brasil apresenta aproximadamente 600 ranários
implantados, 15 indústrias de abate e processamento (7 com SIF e SIE e 8 com
processos em andamento), 6 associações estaduais de ranicultores e 4
cooperativas.
A área média
recomendada para a implantação de um ranário rentável comercialmente varia
entre 500 a 700m2. Com esse projeto o ranicultor pode atingir uma produção de
anual média de 2.000 Kg de carne. Recomenda-se água de boa qualidade
preferencialmente de mina ou poço. O custo de implantação médio no Estado de
São Paulo varia entre R$ 50,00 a R$ 70,00/m2 de área construída. O custo de
produção médio é de aproximadamente R$ 14,00/Kg de carne, e o preço médio no
atacado em São Paulo gira em torno de R$ 17,00 a R$ 22,00/Kg de carne (AGO/07).
Praticamente toda a
produção brasileira (cerca de 400 ton./ano) é absorvida pelo mercado interno,
mas o Brasil possui condições de conquistar grande espaço no mercado externo,
porém necessita preparar-se para tal. Existem também novos nichos de mercado
interno a serem conquistados
foi muito interesante esta materia de especificaçao na recria e montagem na qual pretendo montar o meu ranario parabens pelas informaçoes
ResponderExcluirMuito obrigado pelas ótimas informações
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