O Processo de Produção
Condições
Básicas Necessárias para se montar um Ranário
• Terreno próximo aos centros consumidores
e pouco acidentado, variando seu tamanho e acordo com a produção almejada
(tamanho médio 500 a 1000 m2).
• Água de boa qualidade, sem coliformes
fecais, metais pesados e ferro, com pH neutro, sendo preferencialmente de mina
ou poço artesiano.
•
Disponibilidade de mão-de-obra tempo integral (2a a 2a).
• Condição
financeira adequada ao tamanho do projeto.
• Locais com a
temperatura ambiente mais elevada são recomendados, pois as rãs são animais
ectotérmicos, adaptando sua temperatura corporal ao ambiente. Em outras
palavras “quanto mais quente melhor”.
• É
aconselhável que o terreno escolhido possua luz elétrica, o que auxiliará na
manutenção de um caseiro ou responsável e a utilização de bombas, freezer etc..
Instalações
e Manejo
Os ranários
comerciais, em sua maioria, são constituídos por vários setores tais como:
Reprodução, Desenvolvimento Embrionário, Girinagem, Metamorfose e Engorda. O
setor de Engorda representa cerca de 70% das instalações em um ranário.
Para os setores de
reprodução e engorda são necessárias áreas secas com cochos e abrigos e uma
área com piscina. As outras fases são exclusivamente aquáticas.
Todos os tanques são
construídos em alvenaria com cobertura de tela de náilon, geralmente sombrite
50%, e ficam sob estufas ou galpões agrícolas. Dessa forma pode-se promover o
aumento da temperatura ambiente, permitindo assim um desenvolvimento mais
rápido dos animais.
O tempo que o animal leva desde a fase de ovo
até o peso de abate é em média de 7 meses, e varia conforme a temperatura,
manejo, alimentação e potencial genético. Destes 7 meses apenas 4 meses são
relativos à engorda propriamente dita, sendo que os 3 meses iniciais são relativos ao tempo em que ocorre a eclosão dos ovos de onde saem os
girinos que crescem e sofrem a metamorfose (ou seja, as diversas transformações
internas e externas pelas quais passam os girinos até se transformarem em rãs
jovens. O peso de abate varia conforme a região e o consumidor alvo variando de
170 g a 250 g. Uma rã abatida pesa em média aproximadamente 100 g.
Alimentação
Para os girinos
recomenda-se administrar ração farelada de trutas ou rãs com 35 a 40% de
proteína bruta.
Já para as rãs, a
ração a ser ofertada, deve ser peletizada ou extrusada com 40% de proteína
bruta, que pode ser acrescida de 20% de larvas de dípteros, ou oferecida sobre
cochos vibratórios, ou ainda “a lanço” dentro da parte aquática, conforme o
sistema de engorda adotado.
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